Plenário do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal referenda manifesto de apoio à permanência da arquiteta Bruna Pinheiro à frente da Agefis
5 de março de 2015 |
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Diante dos protestos recentes de uma pequena parcela da sociedade e das manifestações de alguns parlamentares locais sobre a extinção da Agência de Fiscalização do Distrito Federal – Agefis e da exoneração da arquiteta e urbanista Bruna Pinheiro de sua presidência, o Plenário do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal – CAU/DF se posiciona contrário ao que tem sido proposto.
A decisão foi tomada durante a 47ª Reunião Plenária do CAU/DF, realizada no último dia 13 de agosto. Na ocasião, a pedido do conselheiro, arq. urb. Aleixo Furtado, o Plenário referendou o apoio a uma moção elaborada pelo Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal – Conplan em defesa da arquiteta e urbanista Bruna Pinheiro, e, consequentemente, em sua permanência à frente da Agefis.
O conselheiro Aleixo Furtado é representante do CAU/DF no órgão do Governo do Distrito Federal (GDF) e, durante a 123ª Reunião do Conplan ocorrida no último dia 13, propôs a moção. “Defendemos a atitude realizada pela profissional Bruna Pinheiro (em Vicente Pires), mas temos que ter um limite para acabar com essa questão (invasões). Foi uma atitude ousada e corajosa da arquiteta e urbanista, que deve servir de exemplo para questões futuras”, afirmou o conselheiro Aleixo Furtado em Reunião Plenária.
Entenda o caso
Os protestos que culminaram nos recentes pedidos de extinção da Agefis e de exoneração de sua presidente, arq. urb. Bruna Pinheiro, começaram após a Agência de Fiscalização do Distrito Federal – Agefis ter conseguido na Justiça o direito a derrubar construções em terrenos irregulares, que ocupavam área pública em Vicente Pires (DF).
Em entrevista concedida ao jornal Correio Braziliense, publicada em 18 de agosto, o conselheiro do CAU/DF, arq. urb. Gunter Kohlsdorf, deixou claro a sua posição de que ocupações irregulares e a grilagem devem ser rigorosamente combatidos: “Quem invadiu Vicente Pires é gente com consciência de que burla a legislação. As derrubadas são absolutamente coerentes. Acabar com a Agefis não me parece sensato, já que as administrações regionais têm mostrado um altíssimo grau de corrupção.”.
O presidente do CAU/DF, arq. urb Tony Malheiros, também se posicionou em entrevista ao jornal e alertou para a perda de controle das invasões, caso a Agefis seja extinta. “Ocupações irregulares em lugares com problemas ambientais em potencial não são passíveis de regularização. É o caso da chácara 200 de Vicente Pires. A pressão política pelo fim da Agefis visa exatamente a perda de controle da fiscalização”, disse em entrevista ao Correio.