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04/01/2018ㅤ Publicado às 11:23

A todas as arquitetas e arquitetos urbanistas do Distrito Federal, em nome do CAU/DF agradeço os votos, sugestões e as reivindicações de todas aquelas e aqueles que atuaram e votaram nas eleições dos Conselheiros da Autarquia que os representa.

Me dirijo inicialmente aos Conselheiros Federais Raul Gradim e Bauhaus (também conhecido como Luís Fernando Zeferino), e aos Conselheiros Distritais: André Velloso, Helena Zanella, André Bello, Luciana Jobim, Letícia Miguel, Gabriela Tenório, Julia Fernandes, Antônio Menezes Junior, Clécio Rezende, Daniel Szwec, Paulo Cavalcante, Pedro Grilo, João Dantas, Rogério Markiewicz, Giuliana Freitas, Giselle Moll, Valéria Arruda, João Accioly, Fábio Fuzeira, Monica Blanco e Yone de Souza. A todas essas e todos esses, três palavras nos acompanharão e serão sempre lembradas por mim: comprometimento, dedicação e zelo. Comprometimento com a coisa pública, com o funcionamento do CAU e com o compromisso assumido para pôr em prática o que nos propusemos durante as campanhas. Dedicação para doar ao CAU nosso precioso tempo, para fazer muito com pouco e para verdadeiramente fazer acontecer. E finalmente, zelo, pois essa palavra envolve ter carinho, ser educado, cuidadoso e afetuoso com o que se faz.

Isso posto, gostaria de parafrasear o ex-presidente Haroldo Pinheiro e dizer que é uma ‘honra elevada’ e aqui eu digo, uma ‘responsabilidade aumentada’, presidir esta autarquia depois do colega Alberto de Faria, ter à frente da vice-presidência a colega Helena Zanella e contar com o apoio dos outros 23 conselheiros na construção de um Conselho atuante na defesa da sociedade e na valorização da Arquitetura e Urbanismo.

Será uma tarefa árdua, mas o farei com humildade e com disposição para honrar os votos dos 2121 arquitetos que votaram nessa eleição. Apesar do empenho do CAU/DF, aqui tivemos um dos mais altos percentuais de votos nulos e brancos entre as unidades da federação que tiveram disputa de chapas. A reversão desse quadro na próxima eleição servirá para avaliar se o mandato entre 2018 e 2020 logrou um dos seus objetivos: aproximar o CAU do profissional. Apesar de dificuldades normativas e limitações regimentais, precisamos mostrar aos arquitetos e urbanistas os benefícios de se pagar anuidade e à sociedade a importância do Arquiteto e Urbanista. Este será um mandato moderno, antenado com a dinâmica do nosso tempo, aberto ao diálogo, mas provocador deste e não apenas mediador.

Por isso, é importante deixar registradas nossas intenções de “fortalecer, aproximar e evoluir”, união dos lemas das duas chapas concorrentes durante as eleições. Há muito o que fazer.

No que tange à formação do arquiteto e urbanista, precisamos aprimorar o vínculo do CAU/DF com profissionais que desenvolvem atividades ligadas ao meio acadêmico; precisamos promover debates para a melhoria da qualidade do ensino de graduação; criar políticas de divulgação junto aos estudantes das questões relacionadas com a ética, a legislação e o exercício profissional; discutir mecanismos que promovam e afiram a qualidade da formação profissional e aprimorar o programa de educação continuada, visando ao aperfeiçoamento profissional.

Quanto à atuação do profissional, precisamos viabilizar mecanismos que aproximem o CAU do arquiteto e urbanista; precisamos melhor esclarecer o papel do arquiteto junto à sociedade; combater o exercício ilegal da profissão, aprimorar mecanismos de fiscalização; reiterar a necessidade do provimento de cargos de arquitetos por arquitetos; ampliar a aproximação com o poder legislativo para defender as demandas da sociedade no que se refere à arquitetura e urbanismo, como por exemplo a revisão da lei de licitações, especialmente junto à Câmara Legislativa do Distrito Federal; precisamos catalogar e divulgar boas experiências em arquitetura e urbanismo; estimular, apoiar ou criar premiações anuais que reconheçam o bom exercício profissional nos campos da prática, ensino e pesquisa; valorizar o projeto completo como instrumento de qualidade de obras e serviços; defender o concurso público de projetos como forma de contratação; continuar promovendo a assistência técnica gratuita em ações de interesse social, e defender a manutenção da regulamentação profissional do arquiteto e urbanista, suas atribuições, e as conquistas legais já alcançadas de maneira a harmonizar a relação interprofissional com engenheiros, designers de interiores e paisagistas.

A crise escancara um desvio ético na política e justiça brasileiras. Para o bem da nossa profissão e da sociedade, precisamos reafirmar padrões de conduta ética profissional que influenciem moral e financeiramente a atuação do arquiteto e urbanista; precisamos também estimular a produção da arquitetura e urbanismo como política de Estado; desenvolver e cobrar uma agenda a favor da qualidade da arquitetura e urbanismo da cidade; fortalecer o Colegiado das Entidades de Arquitetos e Urbanistas – CEAU/DF; e ampliar a participação do CAU/DF nas câmaras técnicas das entidades públicas e privadas que envolvam arquitetura e urbanismo.

Para tudo isso acontecer de maneira sustentável, precisamos seguir na busca constante pela otimização das rotinas do Conselho, valorizar seu corpo técnico e rever processos internos cujos temas sugiram sobreposição com outros órgãos; precisamos diversificar os canais de comunicação entre o CAU, os profissionais e a sociedade; estimular a equidade de gênero e a diversidade nas atividades promovidas ou apoiadas pelo CAU; e realizar eventos periódicos de apresentação das atividades realizadas pelo CAU. Precisamos dar essa resposta à sociedade e aos arquitetos.

A primeira plenária desta gestão, onde fui eleito presidente, ocorreu no CEPLAN, espaço simples que representa um momento da nossa profissão onde a resposta da arquitetura à sociedade foi dada através do desenvolvimento tecnológico e não apenas estético. O Ceplan representa um País que queria fazer arquitetura de ponta, que tratava arquitetura como experimento e inovação. Ali, em 1962, a arquitetura e a engenharia trabalharam juntas na criação da primeira construção de pré-moldado protendido do Brasil e onde Oscar Niemeyer junto com João Filgueiras Lima (Lelé) fizeram a Arquitetura cumprir o seu papel sociocultural. Foi um privilégio fazer a primeira plenária naquele edifício.

Por fim, procurarei compensar a minha inexperiência inicial com abnegação e grande motivação para estruturar um CAU/DF forte e dinâmico. Me coloco na linha de frente, contando com a união de todos, na construção de uma profissão mais digna, ética, respeitada, valorizada e acessível à população em geral.

 

A todas e todos, meu muito obrigado.

Daniel Mangabeira

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