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18/06/2013ㅤ Publicado às 17:01

A maioria no Distrito Federal é de profissionais do sexo feminino. Do número total de arquitetos e urbanistas ativos na região – 2.761 profissionais até dezembro de 2012 –, 1.429 são mulheres contra 978 homens. Os números fazem parte do Censo 2013 e foram divulgados no último dia 13 de junho, pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), no auditório da Folha de São Paulo, na capital paulista. O documento traz informações importantes sobre o perfil do arquiteto e urbanista em todo o Brasil, inclusive no Distrito Federal. Os dados foram compilados a partir de um questionário respondido pelos arquitetos e urbanistas, durante o processo de emissão da nova carteira profissional nos anos de 2012 e início de 2013.

Segundo o Censo, o DF ocupa uma posição de destaque em oitavo lugar de concentração de arquitetos e urbanistas no Brasil. A posição no ranking nacional pode ser justificada pelo fato da unidade federativa possuir um constante desenvolvimento econômico que aponta elevado poder aquisitivo – a maioria da população na região Centro-oeste se encontra na faixa de renda acima de 20 salários mínimos (10,96%) –, elevado crescimento demográfico, altos índices de urbanização e de desenvolvimento da indústria da construção civil ao longo das últimas décadas.

Outros dados interessantes foram revelados no Censo 2013, entre eles, a faixa etária que predomina entre os profissionais: de 30 a 35 anos de idade (26,19%). Com relação ao mercado de trabalho, a maior concentração de arquitetos e urbanistas do Distrito Federal em atividade trabalha no setor público (27,15%), em áreas e departamentos ligados à Arquitetura e Urbanismo. Além disso, a maioria dos entrevistados, responderam que trabalham mais de 40 horas por semana na área (36,31%).

Com relação à educação continuada, somente 27,35% possui curso superior completo com pós-graduação e 10,38% têm o título de mestrado. No entanto, em torno de 76% buscam reciclar seus conhecimentos na área participando de feiras, congressos e outros eventos de arquitetura e urbanismo. Além disso, poucos profissionais (1,37%) com títulos de pós-graduação, mestrado e/ou doutorado atuam no meio acadêmico como professores, com dedicação exclusiva.

Honorários e Atuação

As principais áreas de atuação nos últimos dois anos de arquitetos e urbanistas no Distrito Federal são, nesta ordem, Arquitetura de Interiores (25,41%), seguido por Arquitetura Paisagística (16,16%) e Concepção – elaboração de projetos (15,95%). 

Quanto à remuneração, esta não tem agradado os profissionais, segundo dados do Censo 2013. Grande parte (30,98%) reclamou “de má remuneração”. Quanto ao grau de satisfação com os rendimentos mensais, 37,06% responderam que estão parcialmente satisfeitos, contra 18,03% totalmente insatisfeito (veja gráficos).

Por outro lado, os profissionais da Arquitetura e Urbanismo estão otimistas com relação ao mercado de trabalho: 49,56% acreditam que estão em expansão. Para o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal – CAU/DF, Alberto de Faria, “o Censo 2013 retrata fielmente o perfil do profissional no mercado de trabalho atual ao mapear as dificuldades e os anseios dos profissionais”.

Alberto de Faria acrescenta: “este documento irá nortear as ações do CAU/DF e os demais CAU/UFs na tomada de decisões que promovam a arquitetura e o urbanismo no DF e no Brasil, principalmente nas áreas de educação continuada e de valorização da profissão como um todo.”.

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