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16/12/2013ㅤ Publicado às 17:41




Luiz Antonio Alves de Souza, da Defesa Civil, concede entrevista

No mês de dezembro, o CAU/DF entrevistou o assessor técnico da Defesa Civil do Distrito Federal, Luiz Antonio Alves de Souza, na sede do Conselho. O arquiteto e urbanista está à frente da fiscalização dos principais edifícios residenciais e comerciais no Distrito Federal, a fim de detectar e prevenir riscos iminentes, como os de desabamento de estruturas.

Confira o bate-papo:

  1. Dos acontecimentos mais recentes

Estamos monitorando de perto os 64 prédios das quadras SQN 403 a SQN 406. São estruturas antigas, que possuíam o mesmo projeto arquitetônico de alvenaria estrutural, mas que, ao longo dos anos, os imóveis passaram por reformas, as quais foram intensificadas no início do ano passado. Em uma vistoria, foi detectada uma série de avarias estruturais, ocasionadas pela inexperiência de quem realizou essas reformas e dos síndicos que não souberam orientar corretamente os proprietários e inquilinos dos imóveis.

  •  O que foi detectado nessas vistorias?

Na presença dos síndicos dos edifícios, realizamos as vistorias e em 100% dos edifícios detectamos a realização de reformas, sendo que todas apresentaram algum tipo de fissura – algumas mais graves que outras, que ultrapassavam as normas de segurança. É o caso da inserção de pesos à estrutura como acumuladores, a exemplo de aparelhos de ginástica e equipamentos de estamparia que chegavam a apesar quase uma tonelada. E tudo isso compromete a estrutura do prédio. Outro caso foi de um apartamento com reforma recém-feita, onde foi retirado o apoio de uma parede a outra. A sorte foi que a laje de 30 centímetros de piso e de teto é forte, caso contrário poderia ter ocorrido um desabamento.

  • Como são analisados os riscos em casos como esse e como cobrar os ajustes dos proprietários dos imóveis?

Nossa equipe de profissionais faz uma análise prévia do imóvel, onde detectamos e classificamos os riscos em três categorias: a) Imprevisível, em que emitimos um termo de comparecimento ao imóvel, indicando a manutenção a ser feita para se sanar o problema; b) Latente, em que emitimos uma notificação, onde mostramos as causas, as formas de correção e o acompanhamento a ser feito com prazo de até um mês para as correções; 3) Iminente, em que interditamos o local e emitimos um laudo.

  • Recentemente, houve uma explosão de gás em um restaurante na Asa Norte. Como o senhor analisaria esse episódio?

O armazenamento irregular de gás, gasolina e produtos tóxicos por restaurantes e outros estabelecimentos comerciais é recorrente e envolve riscos enormes, assim como as estruturas temporárias construídas para a realização de eventos culturais na cidade. Nossa atuação nesses estabelecimentos tem rendido bons frutos, mas não é suficiente.

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