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24/10/2013ㅤ Publicado às 19:41




O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF) recebeu na manhã desta quinta-feira (24/10), a visita ilustre do arquiteto e urbanista Frederico de Holanda (foto). Professor titular da Universidade de Brasília (UnB) há 41 anos, ele veio dar início ao processo de confecção de sua carteira profissional junto a este Conselho e aproveitou a oportunidade para dar a sua opinião sobre alguns assuntos em debate na mídia, como a questão do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico (PPCUB). 

Natural de Recife, o professor Frederico de Holanda participou do projeto de criação da cidade de Nova Iorque, no Maranhão, onde também foi o primeiro arquiteto residente. Anos depois, se mudou para o Rio de Janeiro, onde trabalhou no escritório de arquitetura e planejamento Wit-Olaf Prochnik, por três anos. Em 1972, se instalou com a família em Brasília (DF).

Anos após sua vinda definitiva para a Capital Federal, o professor Frederico de Holanda pôde presenciar e acompanhar a criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, o que, segundo ele, “nos deu mais autonomia”. De acordo com sua breve análise sobre os primeiros anos de CAU, Holanda acredita em uma “política mais agressiva para fomentar a participação do arquiteto nas questões que dizem respeito a ele”. Isso poderia ocorrer mediante o incentivo à realização de concursos de projetos. “Brasília é um excelente exemplo, pois é resultado de um concurso público bem sucedido”, justificou. 

Holanda ainda é enfático ao cobrar também um engajamento maior dos estudantes de Arquitetura e Urbanismo de Brasília nas discussões sobre o futuro das cidades. “Existe uma carência deles com relação à ética e às dimensões instrumentais da profissão. Falta ainda o interesse e a curiosidade dos alunos quanto ao debate sobre temas importantes. Não se vê, por exemplo, a participação dos alunos nas audiências públicas que discutem o PPCUB, por exemplo”, lembra. E qual a consequência desse comportamento? “A visão predominante entre os estudantes é que não se acredita que as coisas possam melhorar. Ou seja, existe a ausência do socialismo real; de uma luta de futuro. E essa falta de engajamento faz com que a arquitetura e o urbanismo sejam atropelados”, analisa Holanda.

O professor cita bons exemplos da participação social em questões importantes que mudaram o rumo das cidades. É o caso da construção da Vila Planalto e do Hospital Sarah Kubitscheck, no Lago Norte – frutos do envolvimento maciço de profissionais de arquitetura e urbanismo para sua concretização. “Se não houver esse estímulo do CAU por um maior engajamento, não haverá futuro para a cidade”, concluiu.

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