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06/10/2016ㅤ Publicado às 11:37

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira divulgou, nesta quinta-feira (6/10), na sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília, os dados do Censo da Educação Superior de 2015. O documento coleta, anualmente, as informações de cursos de graduação e sequenciais de formação específica, para a geração de informações que subsidiam a formulação, o monitoramento e a avaliação das políticas públicas, além de ser elemento importante para elaboração de estudos e pesquisas sobre o setor.

Dentre os dados informados no relatório apresentado pelo INEP, um deles chama a atenção do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal – CAU/DF e causa preocupação: o aumento dos cursos na modalidade à distância ou EAD.  Recentemente, o CAU/DF constatou o caso de uma instituição de ensino superior, com atuação no Estado de Minas Gerais, que oferta cursos de graduação em Arquitetura e Urbanismo 100% à distância.

A Resolução n° 6 do Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação – que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo a partir de 2006 – determina que o projeto pedagógico do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo, além da clara concepção do curso, com suas peculiaridades, seu currículo pleno e sua operacionalização, deverá contemplar, sem prejuízos de outros, os seguintes aspectos: modos de integração entre teoria e prática (artigo 3°, inciso IV). “Quando se tem um curso 100% à distância, a prática fica comprometida. Não tem como um estudante aprender, por exemplo, a elaborar projetos arquitetônicos sem ter aulas práticas, sob o acompanhamento de um professor”, justifica o presidente do CAU/DF, arq. urb. Alberto de Faria. 

Segundo Alberto de Faria, “a Gerência Técnica do Conselho tem feito um levantamento da existência de outros cursos de bacharelado à distância com atuação no Distrito Federal e no país, para que o assunto seja levado à apreciação da Comissão de Ensino e Formação, na reunião da próxima quinta-feira (13/10).”.

Mulheres no comando

O relatório do INEP de 2015 traz, ainda, outros pontos importantes que servem para traçar um panorama geral dos cursos de ensino superior, licenciatura e especialização no país. Um deles é a presença das mulheres no curso de ensino superior em Arquitetura e Urbanismo. São 107.728 ingressos na universidade, colocando a Arquitetura e Urbanismo entre os dez cursos com maior número de matrículas realizadas pelo sexo feminino, conforme mostra tabela abaixo:




Censo INEP

O número veio confirmar o que já havia sido diagnosticado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) quando propôs o recenseamento de dados de mais de 99 mil profissionais, que resultou no documento intitulado “Censo dos Arquitetos e Urbanistas do Brasil”, lançado em 2012. O relatório diz que, já naquele ano, a maioria de profissionais na área de Arquitetura e Urbanismo no país era formada por mulheres (61%) contra 39% de homens.

Veja outros pontos interessantes levantados e publicados no Censo da Educação Superior de 2015 sobre o cenário educacional nacional:

Cursos de Graduação e Especializações (Licenciatura/Mestrado/Doutorado)

  • Em 2015, 33.501 cursos de graduação foram ofertados em 2.364 instituições de educação superior no Brasil.
  • 87,5% das Instituições de Educação Superior (IES) são privadas.
  • Pouco mais de 8% das IES são universidades, porém essas instituições detêm 53,2% das matrículas nos cursos de graduação.
  • Os cursos de bacharelado mantêm sua predominância na educação superior brasileira, apresentando o maior crescimento no número de matrículas entre 2014 e 2015 – 3,9%.
  • Os cursos de licenciatura tiveram um leve crescimento de 0,4% e os cursos tecnológicos caíram 1,9%, no mesmo período.
  • O típico aluno de cursos de graduação a distância está no grau de licenciatura. Na modalidade presencial, esse estudante cursa bacharelado.

Matrículas

  • Em 2015, a matrícula na educação superior (graduação e sequencial) superou os 8 milhões de alunos.
  • 65,1% das matrículas de cursos de licenciatura estão nas universidades.
  • A tendência de crescimento do número de matrículas desacelerou em 2015 em relação ao ano de 2014, com uma pequena queda na rede pública.
  • No Brasil, há 2,6 alunos matriculados na rede privada para cada aluno matriculado na rede pública em cursos presenciais.
  • Quase 90% das matrículas da rede federal estão em universidades. A rede federal continua crescendo e já tem uma participação superior a 62% da rede pública.
  • As matrículas nas universidades correspondem a mais da metade do total de alunos, ultrapassando os 4,2 milhões de estudantes.

Cursos à Distância

  • O número de alunos na modalidade a distância continua crescendo, atingindo quase 1,4 milhão em 2015, o que já representa uma participação de 17,4% do total de matrículas da educação superior.
  • A maioria das matrículas dos cursos a distância está na rede privada e a maior parte está em cursos de licenciatura.

Estrangeiros

  • Aumenta o número de estudantes estrangeiros matriculados na educação superior brasileira.

Ingresso

  • O volume de ingressos caiu em 2015, tanto na modalidade presencial quanto na modalidade a distância.
  • Todos os graus acadêmicos tiveram queda no número de ingressos em 2015. Quase 2/3 dos ingressos foram em cursos de bacharelado.
  • Em 2015, mais de 2,9 milhões de alunos ingressaram em cursos de educação superior de graduação. Desse total, 81,7% em instituições privadas.

Vagas

  • Em 2015, foram oferecidas mais de 8,5 milhões de vagas em cursos de graduação, sendo 72% vagas novas e 27,7%, vagas remanescentes.
  • Das novas vagas oferecidas em 2015, 42,1% foram preenchidas, enquanto apenas 13,5% das vagas remanescentes foram ocupadas no mesmo período.

Conclusão do curso superior

  • Em 2015, mais de um milhão e cem mil estudantes concluíram a educação superior.
  • Em 2015, o número de concluintes em cursos de graduação presencial teve aumento de 9,4% em relação a 2014. A modalidade a distância aumentou 23,1% no mesmo período.
  • Mais da metade dos concluintes de cursos de graduação em 2015 estudou em universidades.
  • O número de concluintes no grau bacharelado teve o maior aumento em 2015 (12,7%) quando comparado a 2014. Licenciatura (9,6%) e tecnológico (12,3%) tiveram crescimento menor.

Docentes

  • Na rede pública, o número de docentes em tempo integral teve um considerável aumento nos últimos dez anos. Em 2015, os docentes da rede privada em tempo parcial superam os horistas.
  • O número de docentes com doutorado continua crescendo, tanto na rede pública, quanto na rede privada. Por outro lado, o número dos que têm até especialização cai a cada ano nas duas redes.
  • O típico docente possui doutorado na rede pública. O mestrado é o grau de formação mais frequente na rede privada.
  • A maioria dos docentes nas universidades tem doutorado (51,6%), já nas faculdades, o percentual é de 16,5%. Em relação ao regime de trabalho, os docentes em tempo integral são mais de 94% nos IFs e Cefets.
  • Os cursos de licenciatura têm o maior percentual de doutores entre todos os graus acadêmicos. Observa-se a mesma situação no regime de trabalho, com 70% dos docentes trabalhando em tempo integral.
  • Apesar de os cursos na modalidade EaD terem um percentual menor de doutores em relação aos cursos presenciais, a maior parte dos docentes nesses cursos tem mestrado.

Fonte: INEP

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