Golpistas oferecem emprego inexistente a arquitetos do DF

Na semana passada, o CAU/DF recebeu a denúncia de um golpe que tem sido aplicado pelo WhatsApp em profissionais de Arquitetura e Urbanismo de Brasília(DF). A denúncia foi feita por um(a) arquiteto(a) que preferiu não ter seu nome divulgado. No golpe, um rapaz se passa por engenheiro, dono de uma empresa do segmento. Ele entra em contato pelo WhatsApp, onde informa a existência de uma vaga para uma obra da Marinha do Brasil, com salário de R$ 9 mil e diversos benefícios. O impostor diz que conseguiu o currículo do(a) arquiteto(a) em um banco de currículos on-line e passa o endereço exato do grupamento dos Fuzileiros Navais. Em seguida, pergunta se o(a) arquiteto(a) tem curso de Normas Regulamentadoras (NRs) 33 e 35.

Diante da resposta negativa, o impostor sugere uma escola de treinamento localizada em Goiânia, que, segundo ele, já realizou vários cursos para a sua empresa de engenharia. Em um segundo momento, um outro rapaz que se identifica como sendo da escola de treinamento pede para o(a) arquiteto(a) realizar um pagamento no valor de R$ 500 via PIX para poder emitir o certificado após a realização do referido curso.

As trocas de mensagens com ambos são sempre feitas pelo WhatsApp e nunca por ligações. “Eu pedi para pagar no dia seguinte, pois não tinha dinheiro no momento. Depois disso, pedi para o suposto engenheiro para que eu entregasse o certificado após a entrevista, pois não tinha certeza que seria selecionado(a) para a vaga. Ele ficou nervoso e disse que eu estava desclassificado(a) para a vaga, já que não tinha pago o curso e que era para eu desconsiderar o contato. Após isso, me bloqueou no WhatsApp. Já o suposto dono da escola de treinamento disse que passou seu limite e que não iria mais emitir o certificado. Ele também me bloqueou no WhatsApp”, relatou o(a) denunciante à Fiscalização do CAU/DF.

Diante da gravidade da denúncia e a fim de prevenir que profissionais caiam no golpe, o CAU/DF torna pública a denúncia e orienta arquitetos e urbanistas a registrem boletim de ocorrência junto às autoridades locais para evitar que outros profissionais se tornem vítimas da dupla de impostores.