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22/08/2013ㅤ Publicado às 18:20

O Seminário “Guia Orientativo para Aplicação e Atendimento à ABNT NBR 15.575/2013” reuniu nesta quinta-feira (22/8), cerca de 300 profissionais, entre arquitetos e urbanistas, no auditório da Associação Médica de Brasília (AMB). O evento, organizado pelo CAU/DF e pelo Sinduscon-DF, contou com a palestra do professor e um dos elaboradores da Norma de Desempenho, professor Ércio Thomaz.

O Seminário foi aberto pelo presidente do CAU/DF, Alberto de Faria, e pelo vice-presidente do Sinduscon-DF, Dionyzio Klavdianos. “Os profissionais de arquitetura e urbanismo só têm a ganhar com a parceria entre o nosso Conselho e o Sinduscon-DF, a qual proporciona a atualização de conhecimentos e o aprimoramento profissional”, resumiu Alberto de Faria. Estiveram presentes ao evento também o presidente e vice-presidente da Ademi, Paulo Roberto de Morais Muniz e Eduardo Vilella, respectivamente.

Durante o dia todo, foram abordados os principais pontos da NBR 15.575, entre eles componentes, desempenho, acessibilidade, segurança no uso e ocupação, Vida Útil de Projeto (VUP), entre outros itens. “O projeto mais importante é o de arquitetura, o qual, em função da NBR 15.575, precisará incorporar mais tecnologia. Será necessária também a mudança de cultura tanto dos profissionais quanto da sociedade, o que poderá demorar em torno de cinco anos. Além disso, está na hora de exigirmos dos fabricantes de produtos mais informações técnicas sobre o que colocam no mercado, para ter uma especificação mais precisa nos projetos”, afirmou o professor Ércio Thomaz em diferentes momentos de sua palestra.

Ao abordar o tema Segurança Contra Incêndio, o palestrante lembrou do episódio que marcou no início do ano a cidade de Santa Maria (RS): o incêndio na Boate Kiss. Segundo ele, a norma é bem específica quando se trata de garantir a segurança nos espaços fechados com relação à necessidade de dificultar o princípio de incêndio e à propagação do fogo, fumaça, entre outros elementos, o que não foi seguido na referida casa noturna. “A norma traz exigências gerais contra incêndio que devem ser seguidas em qualquer projeto, como as que dizem respeito à distância entre edifícios, a qual deve atender à condição de isolamento. Além disso, se deve adotar medidas de proteção, como portas ou selos corta-fogo, sinalização e, principalmente, estabelecer rotas de fuga. No caso da Boate Kiss, só havia uma porta para saída e a entrada das pessoas, o que é inadmissível”, afirmou Ércio Thomaz.

Outro tema abordado foi a durabilidade das edificações, a qual depende de muitos fatores que interferem isolada ou conjuntamente, desde a concepção e projeto até os cuidados mais corriqueiros de limpeza, uso e conservação. “Até o advento da NBR 15575 não havia no país referencial técnico ou jurídico sobre o prazo que deveria durar a estrutura de um prédio ou de uma simples torneira, transferindo muitas vezes para o Judiciário decisões e responsabilidades da engenharia, da arquitetura e da sociedade como um todo”, expôs o palestrante.

O ciclo de vida dos produtos também foi uma questão levantada pelo professor Ércio Thomaz, a qual, segundo ele, ganha importância relevante no processo crescente de sustentabilidade. “Quanto maior a durabilidade dos produtos, menor a exploração de recursos naturais (renováveis ou não), menor o consumo de água e de energia, menor o teor de poluentes gerados nas fábricas e no transporte das matérias-primas e dos produtos. E isso é o que há de mais importante nos dias atuais”, finalizou Ércio.

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