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03/10/2018ㅤ Publicado às 12:30

O Ciclo de Palestras: Patologias, Inspeção e Manutenção de Edificações, realizado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal – CAU/DF, reuniu cerca de 120 pessoas na noite de estreia (1°/10), no auditório do Sinduscon-DF. Na solenidade de abertura, o presidente do CAU/DF, arquiteto Daniel Mangabeira, destacou a importância de iniciativas como essa para o aprimoramento do exercício profissional. “Este ciclo de palestras nos faz lembrar que somos peças fundamentais para a garantia da saúde dos edifícios e na prevenção de acidentes, que poderiam ser evitados com o nosso trabalho”, afirmou o arquiteto Daniel Mangabeira. Já o presidente do Sinduscon-DF, engenheiro civil João Carlos Pimenta, reforçou a importância da parceria entre arquitetos e engenheiros para a manutenção das edificações. “Somos responsáveis pela segurança da sociedade”, frisou.

O evento “Ciclo de Palestras: Patologias, Inspeção e Manutenção de Edificações” é organizado pela Comissão Permanente de Exercício Profissional (CEP) do CAU/DF, cujo coordenador salientou a importância do evento, pois traz palestrantes altamente qualificados para tratar de assuntos do interesse de todos – arquitetos e urbanistas, engenheiros e estudantes das duas áreas. “Além disso, promove a aproximação do CAU com seus profissionais e a sociedade em geral, que são os usuários dessas edificações que merecem toda a nossa atenção no que diz respeito à inspeção e à sua manutenção”, reforçou o coordenador da CEP-CAU/DF, arquiteto e urbanista Antonio Menezes Júnior.

Saúde das edificações

Arq. MSc. Marília Teixeira

A primeira palestra proferida na noite desta segunda-feira (1°/10) foi da Mestra em Arquitetura, Marília Teixeira, que tratou do tema “Síndrome dos Edifícios Doentes – SED”. Formada também em Farmácia e Bioquímica, Marília explicou os fatores de riscos (veja quadro abaixo) que edificações – que não oferecem condições salubres mínimas aos seus usuários – podem ocasionar para a vida profissional e pessoal de quem ocupa esses espaços.

Segundo seu estudo, é considerado um caso de SED quando 20% ou mais dos ocupantes desses edifícios apresentam sintomas característicos, e as queixas persistem por mais de duas semanas. Dentre os indícios mais frequentes, a arquiteta especificou as questões psicológicas (frustrações e depressão), cuja causa é difícil de ser diagnosticada por médicos ou reconhecida pela própria família por falta de conhecimento no assunto. Marília também ressaltou a importância do papel do profissional de Arquitetura e Urbanismo na prevenção desses problemas, antes que eles se tornem reais. “A prevenção se dá durante o planejamento de novos projetos de construção e/ou de restauração. Em alguns casos, é bastante difícil (se não impossível) resolver os problemas quando a construção e a instalação já estão concluídas”, afirmou a Arq. MSc. Marília Teixeira.

Síndrome dos Edifícios Doentes (SED) – Fatores de Risco
Materiais utilizados na construção dos edifícios Sistema de aquecimentos, ventilação e ar-condicionado
Equipamentos Qualidade do ar interior e exterior
Mobiliários Qualidade do projeto/execução e manutenção

 Especificação de materiais

Arquitetos e engenheiros não são bom especificadores. Nós sabemos o que queremos, mas não sabemos as especificações. A frase polêmica foi dita pelo Mestre e PHd em Engenharia, Ênio Pazini, durante a palestra que tratou dos fenômenos mais comuns das patologias das construções. Responsável por projetos de reabilitação ou retrofit de edificações como o Maracanã, no Rio de Janeiro, e a sede do Superior Tribunal Federal (STJ), em Brasília, Ênio atribui à má especificação de materiais como sendo uma das principais causas das patologias que acometem as construções de hoje. “É preciso termos subsídios técnicos para o planejamento e a solução de duas questões básicas: 1) como especificar os materiais, os controles e as técnicas para a obtenção de construções com qualidade, e 2) como analisar uma construção deteriorada, estabelecendo as diretrizes para a sua correção”, explicou o Eng. MSc. PHd. Ênio Pazini.

Eng. MSc. PHd. Ênio Pazini

Mas, a qualidade das especificações não é o único fator de risco. Segundo ele, o Brasil se assemelha a países do primeiro mundo, como Bélgica, Alemanha e Dinamarca, quando se analisa a origem das falhas que levam às patologias das construções. Na Bélgica, por exemplo, a principal origem das falhas detectadas está no projeto (49%), seguido por execução (22%), defeitos dos materiais (15%), erros de utilização (9%) e diversos (5%). “No Brasil, não temos a cultura de prevenção. E é na fase de projeto, onde temos as maiores incidências de manifestações patológicas”, finalizou Ênio Pazini.

A programação do Ciclo de Palestras: Patologias, Inspeção e Manutenção de Edificações será retomada nesta quarta-feira (3/10), com as palestras do Arq. MSc. Ricardo Reis Meira sobre NBR 16.280 e NBR 5.673 – Normas Técnicas que tratam de reforma e manutenção prediais, respectivamente –, seguida pela apresentação do engenheiro João Peres sobre “Manutenção de Edificações Públicas”.

Confira a programação completa, aqui. As inscrições estão encerradas.


Serviço
Ciclo de Palestras: Patologias, Inspeção e Manutenção de Edificações
Data: 1,3,8,10,15 e 17 de outubro
Horário: 19h às 21h
Local: Auditório Sinduscon-DF (SIA Trecho 3, 3° andar)

GALERIA DE FOTOS

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