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01/12/2020ㅤ Publicado às 17:34

Oito edifícios do Plano Piloto de Brasília receberão o Selo CAU/DF – Arquitetura de Brasília 2020, a partir da primeira semana de dezembro. O Selo – lançado em agosto deste ano pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal, por meio de sua Comissão Temporária de Patrimônio – tem o objetivo de reconhecer o valor histórico das edificações não monumentais de Brasília e de seus autores, bem como divulgar as boas práticas de conservação e manutenção predial que preservaram a linguagem arquitetônica do movimento moderno.

A solenidade de entrega do Selo aos primeiros dois edifícios contemplados ocorrerá nesta quarta-feira, dia 2 de dezembro, com a presença dos (co)autores dos projetos arquitetônicos e/ou de seus familiares, de síndicos, autoridades locais, moradores e representantes do CAU/DF. A cerimônia será realizada no pilotis dos edifícios, a partir das 9h, conforme cronograma abaixo:

2/12/20209h1º Selo – SQS 210 bloco C
2/12/202011h2º Selo – SQS 309 bloco E
4/12/2020 9h3º Selo – SQS 314 bloco K
4/12/202011h4º Selo – SQN 108 bloco D
9/12/20209h5º Selo – SQN 206 bloco I
9/12/202011h6º Selo – SQN 416 bloco H
11/12/20209h7º Selo – SQS 204 bloco K
11/12/202011h8º Selo – SQS 203 bloco C
Clique nos endereços para ver a galeria de fotos e a justificativa de escolha

ASSISTA O VÍDEO DE ANÚNCIO DOS EDIFÍCIOS CONTEMPLADOS

Quem passar próximo aos edifícios poderá ver o Selo aplicado diretamente sobre o prisma de identificação dos blocos residenciais e também posicionado em placas nas portarias de entrada. O Selo é uma marca desenvolvida e doada pelo arquiteto e urbanista Danilo Barbosa – coordenador da equipe que criou o projeto das placas de sinalização da cidade, em 1976.

Na solenidade de entrega do Selo, haverá também a outorga de certificados ao(s) autor(es) do projeto original (ou um representante); ao(s) autor(es) do projeto de reforma/restauro (se houver); ao responsável técnico pela execução da obra, e ao condomínio. Os demais edifícios indicados e não contemplados este ano pelo Selo CAU/DF – Arquitetura de Brasília receberão uma carta com observações realizadas pela Comissão Temporária de Patrimônio do CAU/DF e continuarão a ser observados nas próximas edições.

A partir de 2021, a intenção do Conselho é abrir inscrições para edifícios que se considerem aptos a receber o Selo. “As edificações do cotidiano, infelizmente, nunca tiveram o mesmo reconhecimento histórico que os destacados palácios, igrejas e edifícios públicos de Brasília. Muitas foram alvos de sucessivas reformas de manutenção predial que alteraram suas características originais, principalmente de suas fachadas. O Selo vem, portanto, reconhecer o trabalho daqueles profissionais que souberam preservar as características originais dessas edificações em seus projetos de reforma, sem deixar de adaptá-las às exigências da legislação atual, às normas técnicas, às novas funcionalidades e tecnologias advindas com o avanço dos tempos”, justificou o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal, arq. Daniel Mangabeira.

O presidente do CAU/DF ressalta, ainda, que o Selo não é um tombamento, mas um certificado de reconhecimento da autarquia federal e de seus apoiadores pelo relevante trabalho de preservação da história e cultura da cidade.

Sobre o Selo

O Selo CAU/DF – Arquitetura de Brasília foi lançado em agosto deste ano com o objetivo de reconhecer o valor histórico das edificações não monumentais de Brasília – e de seus autores –, bem como divulgar as boas práticas de conservação e manutenção predial que preservaram a linguagem arquitetônica do movimento moderno. Com essa iniciativa, o CAU/DF contribui para a valorização do patrimônio cultural de nossa cidade e chama a atenção do cidadão brasiliense para a arquitetura residencial e sua importante atuação na identidade de Brasília.

Na edição 2020, o Selo CAU/DF teve como foco os blocos residenciais das superquadras de Brasília construídos nos primeiros 20 anos da cidade. Para definir os edifícios merecedores do Selo CAU/DF, os membros da Comissão Temporária de Patrimônio realizaram diversas visitas às superquadras norte e sul de Brasília, entre os meses de abril e setembro de 2020. Dentre os quase 1.500 edifícios construídos, 30 foram indicados pelos conselheiros para avaliação final da Comissão de Patrimônio, realizada em outubro, a qual escolheu os oito edifícios que receberão o Selo em 2020.

Tais edificações se destacaram pelo valor histórico, pela boa conservação das fachadas, pelo cuidado com o pilotis e pela boa relação mantida com a superquadra. Também foram considerados edifícios já reformados, cuja intervenção tenha respeitado as características originais da edificação.

O coordenador da Comissão Temporária de Patrimônio do CAU/DF, arquiteto e urbanista Pedro de Almeida Grilo, destaca a importância de saber conservar o patrimônio histórico e moderno da Capital Federal para que as próximas gerações possam usufruir não apenas da plasticidade arquitetônica, mas também das boas técnicas construtivas de uma cidade planejada. “Existe, hoje, uma cultura de reformas que, sob o pretexto de motivação técnica e conservação, acabam por remover seus principais atributos, descaracterizando a paisagem da cidade. Na realidade, o que percebemos é uma cultura de reformas cuja motivação não passa de um modismo de fachada. Torna-se cada vez mais raro encontrar exemplares bem cuidados de edifícios cotidianos da arquitetura moderna e pioneira da cidade que tenham preservado suas principais características, tão essenciais para a formação da imagem da Brasília que conhecemos e amamos quanto seus monumentos. O Selo vem, portanto, sensibilizar a sociedade de que as reformas prediais podem e devem ser compatíveis com a preservação da linguagem arquitetônica do movimento moderno”, reforça o coordenador Pedro Grilo.

O Selo CAU/DF – Arquitetura de Brasília é uma iniciativa que contou com o patrocínio da Administração Regional do Plano Piloto. A execução e manutenção das placas foram realizadas pelo do Departamento de Estradas e Rodagem (DER). Para viabilizar o Selo, o CAU/DF contou ainda com o apoio das seguintes Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secult), da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (CREA-DF), e das entidades que integram o Colegiado de Entidades Distritais de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal – CEAU: Sindicato dos Arquitetos do Distrito Federal – Arquitetos-DF; Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento Distrito Federal – IAB-DF; Associação das Empresas de Arquitetura e Urbanismo de Brasília – AeArq; Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo – ABEA; Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas – ABAP-DF, e Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo – Regional Centro – Fenea.

Saiba mais sobre a Comissão Temporária de Patrimônio

A Comissão Temporária de Patrimônio foi criada por iniciativa do presidente do CAU/DF, arq. Daniel Mangabeira, em maio deste ano pelo CAU/DF, por meio da Deliberação Plenária n° 364/2020. A proposta é promover a arquitetura de Brasília representada pelas edificações e espaços públicos que fazem parte da vida cotidiana, muitas vezes relegada a um papel secundário por estar fora da escala monumental que trouxe reconhecimento à capital. 

Integram a Comissão os conselheiros e arquitetos Antônio Menezes Júnior, Gabriela de Souza Tenório, Giselle Moll Mascarenhas e João Eduardo Martins Dantas, além do coordenador Pedro de Almeida Grilo.

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